quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

PESSOAL LI ESSA MATERIA NA NUM SITE E ACHEI LEGAL TRANSCREVÊ-LA P/ CÁ...ISSO DEVERIA SERVIR DE EXEMPLO A TODAS AS ESCOLAS...

"Escolas combatem obesidade no Paraná"
Hora do recreio. A criançada se aglomera em volta da cantina à procura das mais variadas guloseimas. Doces, salgadinhos, sorvetes e refrigerantes estão entre as preferidas dos alunos. A cena que imaginamos acima pode ser vista na maioria das escolas brasileiras, menos nas situadas no estado do Paraná. Isso porque, no último mês de junho, o governo paranaense criou uma lei que proíbe a venda de alimentos com alto valor calórico e baixo valor nutricional nos estabelecimentos de ensino do estado, tanto públicos quanto particulares.
A medida causou muita polêmica entre os estudantes. A maioria se mostrou inconformada com o fato de não ter mais à disposição, nas prateleiras das cantinas, doces e salgadinhos. “Não gostei muito disso, pois sempre costumo comprar uns docinhos na hora do intervalo”, conta Bruno de Oliveira, aluno da 6.ª série do Colégio Paranaense, de Curitiba. “Quando a cantina do colégio não vender mais doces, vou comprar na banquinha da frente”, planeja. Segundo o governo, o principal objetivo da nova lei é fazer com que os estudantes comam alimentos mais saudáveis, como sanduíches e sucos naturais, em vez de guloseimas ricas em calorias. As escolas têm até o final deste ano para se adequarem à nova regulamentação.
“Sério? Não acredito!”. Essa foi a reação da aluna Juliana Valdivieso, do Grupo Escolar D. Pedro II, ao tomar conhecimento do fim da venda de guloseimas nas cantinas das escolas. Acostumada a fazer “uma boquinha” na hora do recreio, a estudante, que está na 5.ª série, além de ter ficado surpresa, lamenta a atitude. “É uma pena. Tudo o que eu mais gosto de comer eles vão proibir”, conta, referindo-se aos salgadinhos, refrigerantes e balas. O aluno Matheus Sales Pereira Neto, do Colégio Pinheiro do Paraná, também se mostrou contrariado. “Quem são eles para dizer o que eu devo ou não comer? Acho que cada um tem o direito de comer o que quiser”, diz.
Desaprovações à parte, o Ministério Público informou que, depois que estiver esgotado o prazo de 180 dias para as instituições se adaptarem à nova lei, serão feitas visitas aos colégios do estado para ver se eles estão cumprindo-a. Apesar de a maioria dos alunos ter ficado frustrada com a medida, alguns simpatizaram com a idéia. “Achei uma boa atitude, pois hoje em dia não temos muitas opções de alimentos saudáveis na cantina, como sanduíches naturais e suco de frutas. E os alunos que não gostam muito de salgadinhos e doces não vão mais precisar trazer lanche de casa”, afirma Elisa Dinelli, aluna da 6.ª série do Colégio Paranaense, uma das poucas a concordar com a proposta do governo.
Segundo a nutricionista Sheyla Santos Quelle Alonso, a principal medida que o estado deveria tomar é conscientizar as crianças sobre a importância de terem uma alimentação saudável. “Acho importante e válida esse tipo de ação; entretanto, deveria haver também um trabalho de educação e orientação para que as crianças soubessem o porquê dessas restrições. O caminho não é a proibição, mas, sim, a educação”, ressalta. Já para a professora e nutricionista Isa de Pádua Cintra, a nova lei é apenas um começo. Ela afirma que o papel dos pais na alimentação dos filhos é outro fator que deve ser levado em conta. “Essa medida tomada pelo governo do Paraná é positiva, mas não é só isso o que deve ser feito. Acredito que esse é apenas um passo, pois ainda há muito a se fazer, a começar pelos pais, que devem prestar mais atenção na alimentação dos filhos. Muitas vezes são eles que preparam o lanche das crianças, e o que se vê dentro da lancheira? Doces e salgadinhos. Acho que a mudança deve começar por aí”, opina.

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